(23 fotografias - abril/maio 2012)
Resumo:
Na virada do
século XX, um pequeno grupo de vinte famílias, por discordar de algumas
diretrizes da Comunidade Evangélica Alemã do Distrito da Costa da Serra,
município de Rio Pardo, a qual estavam vinculados, resolveu realizar seus
cultos em separado do restante da congregação. Como local de seus cultos, utilizaram
o imóvel ao lado da Igreja da Comunidade Alemã, o qual servia como residência
do pastor e de escola. Eram atendidos em sua fé e cerimônias por pastores
itinerantes, sempre vinculados ao Sínodo Rio-Grandense.
Por volta de
1925, quando a Diretoria da Comunidade Alemã teve certeza de que aquelas
famílias não mais retornariam a se integrar ao grupo, resolveu proibir a
realização de seus cultos na escola.
Estes passaram então a realizar suas cerimônias em alguma das
residências das 20 famílias, assistidos pelo pastor Reinhold Gustav Ziech,
enviado pelo Sínodo, enquanto angariavam fundos para a construção de seu
primeiro templo.
1926:
Primeira igreja construída pela Comunidade Sinodal em Candelária – RS, na Rua
Dr. Mittendorf. Ao lado, as casas que
serviam como escola e moradia do casal Laveuve, professores. Mais tarde, uma
das residências foi ocupada pela família do Professor Schreiner e outra pelo
pastor Wilhelm Schütze.
Em 1927
chega, para assumir a Comunidade Sinodal, o Pastor Wilhelm Schütze, visionário
e competente para dar novo impulso à pequena comunidade sinodal.
Pastor
Wilhelm Schütze nasceu em 25-02-1898 na Letônia. Faleceu em 10-04-1965, no Rio
de Janeiro – RJ. Idealizou, fundou e administrou a Escola Agrícola Sinodal,
cuja área era de 110 ha. A obra só pode ser executada graças aos seus bons
relacionamentos com outras congregações do Sínodo na Europa, com as quais
angariou os recursos necessários para a construção deste colégio-modelo na
América Latina que abrigava 200 alunos internos, desde o maternal até Ensino
Fundamental completo.
Após a
compra da área, em 1934, foram iniciadas as obras do complexo, sendo concluídas
em 1937.
1936:
as alunas Ercila Faller, Emma Schmachtenberg, Odete Nauderer, Elsa
Schmachtenberg e Renata L. Tornsquist sentadas no cereal que havia nos fundos
do complexo educacional da Escola Sinodal.
Com a
eclosão da II Guerra mundial, o Pastor Wilhelm Schütze passou a sofrer perseguições
e prisões, injustamente acusado de manter apoio às facções nazistas da Europa.
Em 1939, devido a pressões junto ao Sínodo Rio-Grandense, ele foi transferido
para a Bahia. Com esta atitude, a educação em Candelária - RS sofreu um
violento baque, iniciando-se a decadência do ensino-modelo que havia sido
implantado. O complexo foi totalmente fechado em 1945, sendo, em 1949,
adquirido pelo Estado que, 10 anos após, passou a ocupá-lo como reformatório
prisional para menores delinquentes.
Com os recursos da venda do imóvel, a Comunidade
Sinodal adquiriu a atual área que hoje ocupa. Em 1951, foram concluídas as
obras de construção da casa do pastor e do novo educandário: a Escola Rio
Branco. Em abril de 1953, concluiu-se a construção do seu terceiro e definitivo
templo.
Vista
da atual igreja da Comunidade de Confissão Luterana do Brasil em Candelária –
RS, em 1970.
Professora Ilze Ziemann e seus alunos da Escola
Rio Branco da Comunidade Evangélica de Confissão Luterana do Brasil em
Candelária – RS, no desfile da Semana da Pátria, em 1956.
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Listagem dos sobrenomes de alguns
alunos, funcionários e pastores que estão contidos neste acervo:
Bamman, Barth, Baum, Becker, Berger,
Bock, Bohde, Buchli, Dürrewald, Eckel, Faber, Feiden, Ferreira, Filter, Finck, Gewehr,
Grehs, Guetebier, Guimarães, Hagemann, Hannes, Hasseblatt, Heidrich, Heringer,
Hintz, Janner, Jost, Junge, Kaercher, Karnopp, Kellermann, Knies, Lauveve,
Lindemann, Lindemeier, Loerke, Martin, Müller, Nauderer, Oeschke, Oeschke,
Prade, Raikswsky, Roesler, Scherer, Schmachtemberg, Schreiner, Sudhaus,
Tornquist, Ziemann e Wrasse.
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Meus agradecimentos aos patrocinadores desta exposição:
Henker Autopeças, Paulo Roberto Görck, Rui Lenz,
Supermercado Wollmann e Walter Schütze
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