domingo, 8 de dezembro de 2013

VI Exposição de Fotografias - Famílias

(17 fotografias - 07-12-2013 a 20-01-2014)

Resumo:
Devido à importância deste tema, a 6ª exposição de fotos antigas dá continuidade ao mesmo assunto, trazendo outras famílias de imigrantes ou de seus descendentes.

1878: Linha Palmital - Família de Johann Jacob Grauwiller (*29-03-1833 13-09-1877), engenheiro, nascido em Sausen, Saarland, Suíça e sua esposa Fridolina Reutmann (*1841 15-08-1887), e o filho Jacob (*16-03-1868 01- 09- 1956, c/c Anna Albertina Petermann) também nascido em Sausen. Nada se sabe, até o momento, sobre a outra mulher.

1910: Família de Adolf Gewehr (*11-12-1870 Buriti - RS), filho de Adam Gewehr (*20-10-1838 19-01-1919) e de Pauline Schindler (*09-12-1838 21-06-1925) com sua esposa Francisca Heimerdinger (*07-09-1872 ?), filha de Christian Heimerdinger (*24-12-1816 19-06-1905, brummer) e de Maria Otter (*20-09-1834 13-10-1906). Filhos do casal (m pé, da esq. p/ a dir.: 1) Friedrich Bernhard (16-10-1897 30-11-1985, c/c Leopoldina Ristow); 2) Bernhard (*03-09-1903 ?); 3) Clara (*20-08-1899 ?, c/c Adolf Frees); 4) Johann Helmuth (*14-08-1901 21-06-1989). Sentados: a mãe Francisca com a Helma (*08-09-1908 ?); Maria (*08-08-1906 ?); o pai Adolf com a Arlinda (*08-09-1908 ?) no colo. A viúva com seus filhos mudou-se para Santa Rosa - RS.

1918: Linha Facão, Candelária, RS - Família de Friederich Wilhem Johann Rediske (*25-04-1867 26-01-1951), filho de Carl Friedrich Wilhelm Rediske (*07-10-1839 01-04-1915) e de Johanne Wilhelmine Caroline Luise Zühl (*08-06-1842 20-12-1927) e de Anna Maria Karolina Grohe (*18-09-1876 31-05-1955), filha de Christian Grohe (*16-02-1849 27-10-1905) e de Caroline Maria Henriette Steffen (*12-04-1859 24-01-1921). Filhos do casal (em pé, da esq.p/a dir.): 1) Olga Mathilde (*12-01-1912 20-12-1934, c/c: Arthur Haetinger); 2) Ernst Friedrich Hermann (*23-11-1901 17-03-1939, c/c: Florentina Anna Bringmann); 3) Alwine (*14-05-1898 26-07-1975, c/c: Engelbert Guilherme Schultz); 4) Martha Emma (*05-08-1903 22-05-1990, c/c: Alfred Gewehr); 5) Elisabeth Maria (*14-07-1905 31-10-1942, c/c: Alfred Johann Müller); 6) Alfred Christian Rediske (*14-02-1900 26-03-1943, c/c: Amanda Tech). Sentados: 1) a mãe Anna Maria Carolina Grohe; 2) Magdalena Luise (*29-09-1907 06-11-1998, c/c Edwino Teichmann); 3) Wilma Amanda (*25-09-1909 25-06-1990 c/c:  Robert Rudolf Heinrich Gündel); 4) Erich Arnaldo (*02-01-1914 31-01-1980, c/c: Ima Lindemann); 5) o pai Friedrich Wilhelm.


1858: Alemanha - Esta foto me foi passada como sendo a família (pais e irmãos) de Heinrich Kaercher na Europa. Ele seria o último na fila em pé, da esquerda para a direita. Heinrich Kaercher (*14-06-1838 26-07-1885) nasceu em Daxweiler, na Província do Reno. Estabeleceu-se na Povoação Germânia (hoje cidade de Candelária – RS) como cervejeiro. Era casado com Christine Kuhn (*17-02-1854  07-05-1938).
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Fotografias de outras famílias:
DOSS, Hermann Franz & SCHLÖSSER, Idalina Ana
FILTER, Theodor & KUNZ, Olga
GEWEHR, Heinrich Ludwig & KÖPP, Mina Luise Thereza
GRAEFF, Christiano Affonso & FONSECA, Gilda Neomar Bandeira da
HINTZ, Albert & SAUERESSIG, Elisabeth
HINTZ, Friedrich Wilhelm Ludwig & GEWEHR, Albertine
KAERCHER, Heinrich 
LIMA, Virgilio Manoel
RISTOW, Arthur & ELLWANGER, Alma
RUTSATZ, Leopold & SECKLER, Amanda
STEIL, Jacob Wilhelm & FASSBENDER, Anna Luise Christine
ULLMANN, Wilhelm & HITZ, Luiza Paulina Albertina
WEIRICH, Peter & SEIBEL, Wilhelmine
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Patrocinadores:
Advogada Vanessa Streck, Aristides Feistler, Casa da Ferragem Ltda., Casa Dorinho, Casa Radünz, Casarão Verde, Comercial Lersch, Eletrônica Central, Eletrotec, Espaço Saúde – Academia de Ginástica e Musculação, Farmácia Drogacentro, Games Bugs, Graúna Comércio e Representações, JetCar’s, Laboratório Pasqualotto, Leocar (elétrica, som, alarmes e acessórios), Loreno Gass, Lúcia Hilda Steil, Restaurante Dóia, Santa Ótica (antiga Ótica Spengler), Semal Marion, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Candelária, Sorvetes Gut e Vieiras Grill. 

domingo, 10 de novembro de 2013

V Exposição Itinerante de Fotografias - Famílias...

(16 fotografias – set/out 2013)
 Resumo:
Famílias é o tema da 5ª exposição de fotos antigas de imigrantes e seus primeiros descendentes. Nosso reconhecimento a estas quase mil pessoas que, desde 1854, passaram a povoar as terras que hoje são candelarienses. Alguns já vieram casados, outros aqui se uniram. Só mesmo gente de muita fibra poderia, solitária em suas esperanças, se lançar nesta viagem sem volta, sendo largados em plena selva, com uma ordem silenciosa dos governantes do tipo: “Agora te vira...”. Os que sobreviveram nos mostram que sempre é possível abrir novos caminhos, se desenvolver, gerar riquezas, sobreviver a epidemias, ainda que as primeiras noites tenham sido passadas ao relento ou em "casebres" apenas cobertos por folhas. Quando muito, possuíam um machado nas mãos... E ainda assim, em poucos anos, sem qualquer auxílio, apenas contando com a força dos seus braços, construíram residências confortáveis, abriram estradas, criaram artefatos agrícolas e industriais, armazéns, um exemplo de autonomia aos seus descendentes.
Algumas fotos que integram o acervo exposto.

1915: o imigrante e veterano de guerra (Alemanha – França: 1870) Adolf Wolf (*09-01-1850, Walsdorf, Silésia, 13-05-1933), filho de Anton Wolf e de Josefa Rädzke, e sua esposa Luise Franziske Ernestine Zuse (*19-06-1861 30-05-1954), filha de August Ferdinand Zuse (*25-09-1813 25-10-1898) e Friederike Lasch. Considerada uma das maiores famílias da Linha Alta, em Candelária – RS, a ordem dos filhos provavelmente seja: (sentados, da esq. p/dir.) – 1) Maria Magdalena (*18-02-1900 17-03-1991, c/c Bernhard August Friedrich Teichmann); 2) a mãe Luise; 3) Amanda (*01-02-1908 02-03-1986, c/c Franz Brandt), 4) o pai Adolf; 5) Florentina Berta Magdalena (*04-07-1894 19-04-1970, c/c Leopoldo Otto); 6) neto do Adolf; 7) Adolf Filho (*29-06-1902 ?, c/c Ida Schröder). Em pé: 1) Luise Friederike Wilhelmine (*08-06-1898 12-12-1975, c/c Wilhelm Schieferdecker) 2) Anna Maria Luise (*28-04-1896 06-02-1975, c/c Carl Friedrich Wilhelm Müller); 3) filha adotiva Wilhelmine Auguste Johanna (*20-11-1881 ?); 4) provável marido da Wilhelmine; 5) Bernhard (*20-02-1886 21-01-1962, c/c Florentina Emilia Auguste Otto); 6) marido Leopoldo Otto; 7) Reinhard Friedrich Adolf (*29-07-1887 ?, c/c Ottilie Müller); 8) Heinrich Carl Hermann (*05-12-1888 26-06-1970, c/c Ottilia Emma Marta Buchmaier)

Linha Brasil, Candelária – RS: 1888 – A família de Jacob Gewehr (*22-07-1858 12-08-1909), nascido na Picada Dona Josefa, em Santa Cruz do Sul – RS, filho de Jacob Gewehr  (*01-09-1825 23-08-1907) e de Anna Catharina Lersch (*17-11-1824 20-09-1914) e de sua esposa Elisabethe Ellwanger (*03-09-1860 25-11-1940), nascida na Picada Verão, em São Leopoldo – RS, filha de  Martin Ellwanger (*16-07-1831 11-10-1887) e de Elisabethe Steil (*11-12-1833 01-06-1919) com seus filhos Luise (*13-06-1881 12-09-1954, c/c Wilhelm Eckel), Theophil  (*11-01-1883 15-09-1965, c/c Clementine Ellwanger) e Heinrich Jacob (*17-12-1885 05-12-1885, c/c Therese Kopp)

1895: Peter Scheidt (*06-03-1850 02-09-1921), filho de Johann Jacob Scheidt (*10-11-1814 20-07-1892) e de Eva Maria Kochenborger (*08-10-1824 21-03-1912) com sua esposa Charlotte Gewehr (*31-10-1853 03-07-1945, de Sohren, Província do Reno), filha de Jacob Gewehr (*01-09-1825 23-08-1907) e de Anna Catharina Lersch (*17-11-1824 20-09-1914) e seus filhos Maria Francisca Elisabeth (*10-07-1875 03-06-1954,  c/c Jacob Gehres ) e  Ferdinand Karl Scheidt (*05-04-1883 02-08-1932, c/c Florentine Ellwanger). A família residia na Linha Brasil, em Candelária – RS.

Outros casais e suas famílias:
BARTZ, Friedrich Wilhelm & REIMANN, Maria Magdalena
ENSSLIN, Anna Friederike & HINTZ, Reinhard Friedrich
GEWEHR, Ferdinand Peter & GEWEHR, Henriette
HITZ, Theodor & BEHLING, Wilhelmina Luisa
KAERCHER, Heinrich Friedrich & KRUG, Alfonsine
KNIES, Wilhelm & HINTZ, Sophia
LUTHER, Ernst & SCHLÖSSER, Anna
MELCHIOR, August & BEISE, Albertine Wilhelmine Caroline
MÜLLER, Friedrich & LÜDTKE, Ulrike Ernestine
PRIEBE, Leopold & STRASSBURGER, Luisa
REHBEIN, Hermann & FROEMMING, Albertine Bertha Emilie
SCHULTZ, Theodoro & KOCHENBORGER, Hilda
STEIL, JACOB & Alguns de seus descendentes
ZUSE, Erdmann Gustav Adolf & WINKELMANN, Maria Luise
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Meus agradecimentos aos patrocinadores desta exposição:
Agroverde, Armando Radünz, Armazém da Moda, Gerson Wohlenberg, Gündel Veículos, Hildomar Henker, Hotel Michels, Mercado Klafke e Supermercado Wollmann.

IV Exposição Itinerante de Fotografias - Sobre Candelária, RS e seus primeiros automóveis

 (24 fotografias - nov/dez 2012)
Resumo:
Quando o primeiro carro motorizado foi produzido com o propósito comercial pelo alemão Karl Benz em 1885, fazia apenas 35 anos que o Distrito Costa da Serra, hoje Candelária – RS, havia recebido seus pioneiros imigrantes, dos quais se tem conhecimento. Embora possuísse um motor a gasolina, este veículo era ainda com três rodas, o que em nada contribuiria, caso algum morador mais abastado daqui fosse adquiri-lo, pelo simples fato de não haver estradas. Naquela época, havia somente picadas por onde a mercadoria era escoada em lombos de burro ou, no máximo, em carretas cujas rodas mediam cerca de um metro e meio para enfrentar os buracos e a travessia em córregos e arroios.
Pequena amostra do que era a principal rua da Povoação Germânia. Com a emancipação do Distrito em 1925, o primeiro prefeito Cel. Albino Lenz teria incumbido seu fiscal de estradas Frederico Ensslin que providenciasse melhorias na Rua do Comércio (hoje Av. Pereira Rego). E assim, André Marques, funcionário da prefeitura, em uma carroça com burros buscou mais de 300 cargas de cascalho na beira do rio Pardo para entulhar os buracos.

Ainda assim, já em 1917 teria chegado o primeiro automóvel na Freguesia de Nossa Senhora de Candelária, adquirido por Frederico Decker (*01-03-1851 †14-03-1928) em Porto Alegre – RS. Conta-se, no entanto, que devido a pouca resistência do veículo, aliado às péssimas condições da estrada, o carro teria pifado no caminho, tendo de ser rebocado por uma junta de bois até seu destino. O fato teria provocado grande desilusão entre os moradores da Freguesia, os quais aguardavam ansiosos à chegada do comerciante e seu automóvel, junto à antiga barca. 
Friedrich David Decker (*20-06-1892 †18-05-1923) em frente ao Ford 1916. Foi o primeiro automóvel no município. Conta-se que este carro havia pertencido a Borges de Medeiros, Governador da Província do RS.

Enquanto isso, no interior, colonos se uniam em mutirões para abrir ou melhorar as estradas em suas localidades. Desse modo, outros prósperos comerciantes sentiram-se motivados a comprar seu automóvel, pouco importando se fosse da Ford, da Chevrolet, ou outra marca qualquer. Ligados a manivela, sem vidros nas janelas nem amortecedores, com troca de marchas nos pedais e tanques traseiros que não injetavam o combustível, ocasionando dificuldade em subidas nos morros, o certo é que este novo modelo de locomoção passou a ser o sonho de consumo de filhos e netos dos imigrantes. Os preços dos carros variavam entre 385 e 580 dólares.
Mutirão de colonos para abertura da estrada na localidade de Quilombo.

Com estradas mais trafegáveis no interior, prósperos comerciantes de localidades em Candelária  - RS passaram a adquirir automóveis como este, por Hans Nehls (*13-10-1898 06-08-1983), imigrante de Berlin, marceneiro residente na Picada Roos).

O combustível para o abastecimento era trazido de Cachoeira do Sul – RS em tonéis, até que João Carlos Schmidt (*21-04-1886 08-02-1974), comerciante, resolveu instalar a primeira bomba de combustível. Sua filha Elvira, ao volante na foto, teria sido a primeira mulher motorizada no município.

Outro fato hilário era que cada proprietário adaptava seu carro às suas necessidades. Assim, qualquer veículo, levado a uma ferraria, podia virar camioneta ou algo similar. Na foto, temos um exemplo de carro totalmente modificado, apelidado de Porta Aberta. Era de propriedade de Frederico Reinaldo Ensslin (*30-07-1893 27-03-1965), comerciante.

Uma dificuldade constante era a travessia do rio Pardo, profundo, com considerável correnteza e sem pontes. Os barqueiros das quatro barcas existentes sempre dispunham de clientela que, com a chegada dos carros, vivenciaram fatos inusitados. Algumas vezes, quando o freio pifava ou o motorista se distraía, via seu carro ser tragado pelas águas, como comprova esta foto. 

Passeata de candelarienses na Rua do Comércio, no Rio Comprido, em comemoração ao fim da Revolução de  30.
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Meus agradecimentos aos patrocinadores desta exposição:
Henker Autopeças, Ilze Ziemann, Nied & Rodrigues, Rui Lenz e Supermercado Wollmann.

III Exposição Itinerante de Fotografias da Comunidade Católica de Candelária, RS

 (24 fotografias - ago/set 2012)
Resumo:
Apesar de Candelária – RS ter sido detentora de duas reduções jesuíticas (a Jesus-Maria e a São Cristóvão), ou talvez até em função disso, os católicos daqui só receberam permissão para a construção de sua capela, seis anos após a conclusão do templo evangélico.

Capela da Comunidade Católica em 1890. Sua pedra fundamental foi lançada em 24-07-1880, na Rua da Igreja, hoje Rua Júlio de Castilhos, sendo concluída em 1881. Os integrantes da comissão, responsável pela sua construção, foram: Cap. José Bernardino Loureiro da Rosa, Cel. Joaquim Pinto Porto, Antonio Augusto Ferreira e João Vaz Ribeiro.

Ainda assim, após a conclusão das obras, a bela capela só era atendida por padres itinerantes, jesuítas de Santa Cruz do Sul e de Rio Pardo. Seu primeiro pároco foi o Pe. Guilherme Müller que chegou em 12-08-1900 e morou na sacristia da igreja até 1901, quando foi adquirida a casa ao lado, de Cassiano Pinto Porto, por 5.396 réis. Como a Comunidade Católica não dispunha do valor para efetuar a compra, o próprio Pe. Müller teria doado suas economias.
Concomitantemente, a região no Distrito de Costa da Serra que tinha a maior concentração de católicos era a localidade do Quilombo que também providenciaram a construção de sua capela.

A pé ou a cavalo, o Pe. Guilherme Müller cobria uma extensa área, englobando três freguesias: Nossa Senhora de Candelária, São Paulo de Sobradinho e a Colônia do Botucaraí (hoje Cerro Branco). Mais tarde, foi incluída ainda a Colônia Santo Angelo (atual Cortado). Por isso, ele recebia o auxílio de padres jesuítas, como nesta foto, em 1913, no Quilombo, onde o Pe. Theodoro Amstadt S. J. e o Pe. Fidelis de La Mote realizaram missões em Língua Alemã, devido ao grande número de imigrantes e seus descendentes que ainda não dominavam a Língua Portuguesa.

Mas era a Liga das Senhoras Católicas que não deixavam a fé esmorecer, promovendo procissões pelas ruas da cidade, como esta, a Procissão do Corpo de Deus em 1935, a qual transcorreu sem cânticos, em respeito aos vários doentes que havia nos locais por onde passaram.

Assim como a igreja católica não recebia a devida assistência do clero, também o ensino era ministrado esporadicamente, sempre por professores temporários que se dispunham a dar aulas. Na foto, vemos a Professora Ilze Pomarcher em 1936, com sua turma de alunos da Escola Católica de Candelária – RS.

E foi somente com a chegada de um grupo de irmãs Bernardinas em 1950, que assumiram o comando da escolinha – que funcionava nas antigas instalações onde hoje se encontram os novos pavilhões da paróquia – que a comunidade passou a ter maior visibilidade. A Madre Vitorieta (norte-americana) e as irmãs Angelita, Emilia e Augustina logo se dispuseram a percorrer as localidades para angariar fundos, destinados à construção do atual prédio do Colégio Nossa Senhora Medianeira. Para o seu deslocamento nesta árdua tarefa, contaram com o carro particular do Cel. Albino Lenz, que designou seu próprio filho Rui como motorista. (Oveiras, 1950)

A construção do Colégio Nossa Senhora Medianeira consumiu toda a arrecadação da Comunidade Católica de Candelária – RS durante 20 anos. A área, onde foi construído, era conhecido com Praça da Bandeira.  Pertencia a Lory Ieda Ellwanger, Carmen Gay da Costa, Raul Harry e Nelson da Costa, numa área de 7.744m2, sendo adquirida pelos católicos em 26-02-1949, por 20 mil cruzeiros.


Em 10-01-1971, foi celebrada a última missa pelo Pe. Alfredo Lenz na velha capela. Um cabo de aço, puxado por uma patrola da Prefeitura Municipal, derrubou sua torre dois dias depois, dando lugar para a construção da nova igreja.
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Meus agradecimentos aos patrocinadores desta exposição:
INFOTEC, Paulo Roberto Görck, Rui Lenz  e Supermercado Wollmann

II Exposição Itinerante de Fotografias da Comunidade Evangélica Luterana Cristo de Candelária, RS

 (22 fotografais - maio/junho 2012)
Resumo:
Criada pelos primeiros imigrantes no Distrito de Costa da Serra, em 1864, a Comunidade Evangélica Alemã – hoje Comunidade Evangélica Luterana Cristo de Candelária, RS – era uma congregação independente, atendida pelo Pastor Christiano Smidt, de Ferraz. Em 1874, quando recebeu seu próprio Pastor August Friedrich Kaz, foi também concluída a construção do templo, ainda sem torre, através de fundos angariados junto à população do Distrito.

Este postal, datado de 1890, traz o templo da Comunidade Evangélica Alemã, quando já havia sido construída a torre. À esquerda, a casa onde morava o pastor e funcionava também a escola para os filhos dos membros da igreja.

Em 1876, chega para assumir o cargo de Pastor Michael Haetinger (*07-09-1850 †23-05-1940, nascido em Unterjettingen, Reino de Württemberg. Filho de Michael Haetinger e de Catarina Barbara Haag, era pastor evangélico em Basel, na Suíça. Atendendo chamado para ser missionário em Ferraz, no município de Santa Cruz do Sul – RS, iniciou sua viagem ao Brasil em 07-08-1874. Casou-se com Anna Maria Kirchert em 20-06-1875. Era ainda professor e médico, atendendo aos doentes da comunidade. Permaneceu até 1891, quando filiou-se ao Sínodo, tornando-se pastor itinerante. Em 1892, fundou e assumiu a direção do Asilo Pella Bethânia, em Taquari – RS, que acolhia órfãos, inválidos e viúvas. Dirigiu a entidade até a sua morte.

Certidão de Confirmação de Robert Behlke, nascido em 22 de novembro de 1888 e batizado em 17 de fevereiro de 1889, foi hoje, após instruído com aulas sobre a Palavra de Deus, confirmado nesta Igreja Evangélica Lutherana da Villa Germania, tornando-se membro e podendo participar da Santa Ceia. 28 de março de 1902, Gustav Natorp, Pastor. 

Tendo a Igreja da Comunidade Evangélica Alemã de Candelária – RS, vemos a praça municipal em 1937, onde acontecia uma parada cívica na Semana da Pátria. O prédio atrás do templo, à direita, é a Escola Concórdia e residência do pastor.

O administrador da obra Nicolau Benemann (em pé), reunido com o Prof. Guilherme Nied (1), Ari Adão Grehs (2), Presidente da Comunidade Evangélica Luterana de Candelária – RS e o Pastor Milton Schirmer (3), apresentando os dados referentes ao andamento da construção do novo prédio da Escola Concórdia.

O prédio, concluído em 1976, foi construído com recursos provenientes da Alemanha, através do programa “Pão para o mundo”. Atualmente, os imóveis e terrenos não pertencem mais à Comunidade, pois foram doados à ULBRA em 1994.

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Meu agradecimento aos patrocinadores desta exposição: 
Guido Nied, Marcos Soder, Marlis Radünz, Paulo Görck, Rui Lenz e Supermercado Wollmann.

I Exposição Itinerante de Fotografias da Comunidade Sinodal em Candelária, RS

(23 fotografias - abril/maio 2012)
Resumo:
Na virada do século XX, um pequeno grupo de vinte famílias, por discordar de algumas diretrizes da Comunidade Evangélica Alemã do Distrito da Costa da Serra, município de Rio Pardo, a qual estavam vinculados, resolveu realizar seus cultos em separado do restante da congregação. Como local de seus cultos, utilizaram o imóvel ao lado da Igreja da Comunidade Alemã, o qual servia como residência do pastor e de escola. Eram atendidos em sua fé e cerimônias por pastores itinerantes, sempre vinculados ao Sínodo Rio-Grandense.

Por volta de 1925, quando a Diretoria da Comunidade Alemã teve certeza de que aquelas famílias não mais retornariam a se integrar ao grupo, resolveu proibir a realização de seus cultos na escola.  Estes passaram então a realizar suas cerimônias em alguma das residências das 20 famílias, assistidos pelo pastor Reinhold Gustav Ziech, enviado pelo Sínodo, enquanto angariavam fundos para a construção de seu primeiro templo. 
1926: Primeira igreja construída pela Comunidade Sinodal em Candelária – RS, na Rua Dr. Mittendorf.  Ao lado, as casas que serviam como escola e moradia do casal Laveuve, professores. Mais tarde, uma das residências foi ocupada pela família do Professor Schreiner e outra pelo pastor Wilhelm Schütze.

Em 1927 chega, para assumir a Comunidade Sinodal, o Pastor Wilhelm Schütze, visionário e competente para dar novo impulso à pequena comunidade sinodal.

Pastor Wilhelm Schütze nasceu em 25-02-1898 na Letônia. Faleceu em 10-04-1965, no Rio de Janeiro – RJ. Idealizou, fundou e administrou a Escola Agrícola Sinodal, cuja área era de 110 ha. A obra só pode ser executada graças aos seus bons relacionamentos com outras congregações do Sínodo na Europa, com as quais angariou os recursos necessários para a construção deste colégio-modelo na América Latina que abrigava 200 alunos internos, desde o maternal até Ensino Fundamental completo.

Após a compra da área, em 1934, foram iniciadas as obras do complexo, sendo concluídas em 1937.

1936: as alunas Ercila Faller, Emma Schmachtenberg, Odete Nauderer, Elsa Schmachtenberg e Renata L. Tornsquist sentadas no cereal que havia nos fundos do complexo educacional da Escola Sinodal.  

Com a eclosão da II Guerra mundial, o Pastor Wilhelm Schütze passou a sofrer perseguições e prisões, injustamente acusado de manter apoio às facções nazistas da Europa. Em 1939, devido a pressões junto ao Sínodo Rio-Grandense, ele foi transferido para a Bahia. Com esta atitude, a educação em Candelária - RS sofreu um violento baque, iniciando-se a decadência do ensino-modelo que havia sido implantado. O complexo foi totalmente fechado em 1945, sendo, em 1949, adquirido pelo Estado que, 10 anos após, passou a ocupá-lo como reformatório prisional para menores delinquentes.
Com os recursos da venda do imóvel, a Comunidade Sinodal adquiriu a atual área que hoje ocupa. Em 1951, foram concluídas as obras de construção da casa do pastor e do novo educandário: a Escola Rio Branco. Em abril de 1953, concluiu-se a construção do seu terceiro e definitivo templo.

    Vista da atual igreja da Comunidade de Confissão Luterana do Brasil em Candelária – RS, em 1970.

Professora Ilze Ziemann e seus alunos da Escola Rio Branco da Comunidade Evangélica de Confissão Luterana do Brasil em Candelária – RS, no desfile da Semana da Pátria, em 1956.

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Listagem dos sobrenomes de alguns alunos, funcionários e pastores que estão contidos neste acervo:
Bamman, Barth, Baum, Becker, Berger, Bock, Bohde, Buchli, Dürrewald, Eckel, Faber, Feiden, Ferreira, Filter, Finck, Gewehr, Grehs, Guetebier, Guimarães, Hagemann, Hannes, Hasseblatt, Heidrich, Heringer, Hintz, Janner, Jost, Junge, Kaercher, Karnopp, Kellermann, Knies, Lauveve, Lindemann, Lindemeier, Loerke, Martin, Müller, Nauderer, Oeschke, Oeschke, Prade, Raikswsky, Roesler, Scherer, Schmachtemberg, Schreiner, Sudhaus, Tornquist, Ziemann e Wrasse.
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Meus agradecimentos aos patrocinadores desta exposição:
Henker Autopeças, Paulo Roberto Görck, Rui Lenz, Supermercado Wollmann e Walter Schütze